Sobre esperançar

 

O pobre é mesmo um besta

Um cheiro de justiça ao longe

E ele já imagina o tamanho da cesta

E sonha em se ver livre do camafonge

 

Eita que sonha com fartura

Imagina-se de novo no mundo de Lula

Faz figurinha, festa e fritura

Pra comemorar o fim do reinado da mula

 

O pobre é mesmo um besta

Não percebe a politicalha nas entrelinhas

Há nessa jogatina sempre coisa funesta

Esperança grande na vermelha estrelinha

 

Eita que se tivesse dinheiro sobrando

Os fogos tariam estourando

Por que no lugar da esperança

Só lhe restou o boleto de cobrança

 

O pobre é mesmo um cabra da peste

Prepara o coração para o 2022

Sabe nem se tem algo que presta

Sustentado com feijão e arroz

 

O pobre é mesmo um bravo

Enganado, usurpado, traficado em 1500

Esquecido que foi feito escravo

Segue em frente se livrando do excremento

Comentários

Postar um comentário

(Saber o que o outro pensa, faz diferença...)