Procura
Quando estou em ruínas, saio a te buscar.
Tu te fostes para imensidão do mundo.
Lá onde não somos.
Eu também fui.
Pouco importa quem deu o primeiro passo.
Por vezes, encontro teus rastros,
Noticiam tua vida sem me contar de ti.
Faltam-lhes alma.
Faltam teus olhos inseguros.
Falta meu coração disparado pela tua presença.
Ainda sabes quem sou ou me tornei um nome qualquer?
Será que atravesso teus sonhos?
Incompatíveis que somos, resta-nos o labirinto, o desencontro.
Eu naquela curva, você na naquela estrada.
Acabaram-se os cruzamentos.
Permanece intacta a fantasia.
Eu tatuada na tua alma
Tu personagem central de uma vida que não tive.
Por onde andas? O que pensas? Que mapas carregas?
Eu sem destino, destruída a te caçar.
Tu, casa inventada,
Eu na rede, a esperar teus beijos de água
O real submerso
Eu boiando por sobre dores afogadas
Tu, figurante essencial da minha fuga.
Tanta coisa pode estar nessa procura que minha cabeça deu um nó. Vou ler de novo...rsrs
ResponderExcluirAh...
ResponderExcluirPra quem diz não saber escrever poemas tu tá bem precisa. Amei tudo, tudinho, inclusive a reverberação.
Meninas, que delícia 'ouvir' vocês a comentar a 'inscrição' das minhas insanidades!
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