Uma nesga de sol
A nesga de sol atravessando a cidade
Impingindo luz e calor aos contemplados
Deixando com inveja os não agraciados
Insistindo contra toda probabilidade.
O jeito abrupto com que se espalha a claridade
Inundando os cerrados espaços
Infiltrando no âmago dos descasos
Reverberando com despudor toda desigualdade.
A urbanidade revigorada se inquieta
Dias molhados e sem esteio
Noites saindo de esgueio
Essa mina de extinto veio
Esse insular anseio
O mundo se reinaugura sob a nesga discreta.
O sol também é da resistência. Lindo!
ResponderExcluirE todo dia o mundo se reinaugura!!
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