Quente como dentro da gente
Faz calor e eu canto
Embora me doa no flanco
Essa coisa de rolar no barranco
Esse jeito de arremedo
Esse enorme medo.
Faz calor e eu grito
Falo pra nenhum ouvido
Berro de abstrato sentido
Essa gutural insuficiência
Essa grandessíssima ausência.
Faz calor e eu vivo
Ainda que me custe
Ainda que me assuste
Ainda que relute
Faz calor e eu sobre(tudo)vivo.
Ah, tia! Que sigamos, com medo, sem certezas, ora gritando, ora calando. Mas que nunca a gente se entregue ou deixe de admirar a paisagem.
ResponderExcluirE eu (sobre)tudo vivo...
ResponderExcluirObrigada