À véspera dos meus anos
Comoveu-me o céu
Espantou-me dizer quantos são
em voz alta,
é ano par e eu prefiro os ímpares,
cisma.
À véspera dos meus anos
Acumulam-se mais rugas
Mais cabelos brancos
Mais quilos
(mas, não peso)
Sigo leve
por isso espanta-me que sejam tantos
(surpreendentemente, eu gosto)
e me chamem “senhora”.
Amanhã, quando nada extraordinário acontecer,
Terei outros anos
Os mesmos cansaços acumulados
O mesmo jeito de rir alto e largo
A mesma comoção com o céu à toa.
E dizes todas as palavras que também são minhas
ResponderExcluirEmprestei-as de por aí, como acontece sempre...
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